Nos últimos anos o Brasil vivenciou mudanças importantes para a construção do país, como a diminuição do número de pobres e miseráveis, o aumento do acesso ao ensino superior e ao ensino técnico públicos, o incentivo à participação da sociedade nas decisões políticas através de conferências em diversos setores, dentre outras. Estes e outros avanços são as contribuições de um partido que por anos lutou pelos trabalhadores, nascido dos trabalhadores.
O êxito das últimas 3 (três) eleições presidenciais possibilitou ao Partido dos Trabalhadores aplicar e ampliar muitas das suas políticas, mas também o colocou em profunda instabilidade ideológica. As alianças feitas, necessárias sem dúvidas naquele momento, foram por demais enraizadas, deixando o PT se encantar demais com a bendita “governança” e sobrepondo, em muitos campos, a disputa da sociedade que queremos. Tão forte se tornou essa política no partido que podemos hoje enxergá-la em diversos níveis de representação.
A crítica levantada pela tese-processo Socialismo ou Barbárie é por demais exata quando coloca que devemos nos voltar mais ao diálogo com a sociedade, pois é disputando a sociedade que podemos tornar nosso projeto vitorioso.
A reafirmação do socialismo como projeto de sociedade se faz necessária para conter a tendência socialdemocrata que se instala no Governo Federal e atravessa o partido que, por sua vez, tem dificuldade de entender seu papel no interior de um amplo governo de coalizão. A disputa de classes se tornou uma conciliação de interesses, reafirmando o que há anos lutamos contra: a soberania dos mais ricos em detrimento da participação dos mais pobres. E apesar de termos um país mais rico, ainda há um grande abismo entre pobres e ricos, o que nos deixa com mais angústia e ansiedade.
É por isso que apoio e defendo o nome do companheiro Bruno Costa para a Secretaria Estadual de Juventude do PT.
Há alguns anos conheci o companheiro num banco da universidade e na época discutíamos nossa participação nos espaços existentes. Bruno ainda não era filiado, mas defendia fortemente os rumos de uma política socialista petista. Em diversas ocasiões ouvi do companheiro sobre nossa responsabilidade como cidadãos em fazer diferente, em lutar pelos excluídos, em defender a igualdade dos povos, quando tais afirmações somente faziam parte de reflexões ideológicas.
A paixão sem tamanho pelo desejo de mudar o mundo mostrou o grande companheiro que eu teria nos anos vindouros. E não só por ele, mas também por sua conduta, aproximei-me do Partido dos Trabalhadores pra lutar ao seu lado e fazer dessa nossa campanha de vida.
Disputamos Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e o Diretório Central dos Estudantes da UFRN, sempre defendendo a educação pública, gratuita e transformadora. Não enxergo ninguém mais preparado para este momento da JPT. É o nome mais natural para quem vive o partido hoje, na capital ou nos demais municípios.
Victor Marques
Militante do Partido dos Trabalhadores desde 2010
Conselheiro Diretor do Canto Jovem
Mestrando em Engenharia da Sustentabilidade e Agricultura Familiar